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| Foto: Divulgação |
Cresce o número de relatos sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento Mounjaro (tirzepatida) na capital potiguar. O remédio, originalmente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2 e amplamente procurado por seus efeitos no emagrecimento, virou alvo de falsificadores que têm vendido versões adulteradas em redes sociais, clínicas estéticas e até farmácias de manipulação.
Segundo especialistas, o aumento da demanda impulsionado por celebridades e influenciadores digitais tem feito com que produtos sem registro, de origem duvidosa, ganhem espaço no mercado paralelo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já apreendeu lotes falsificados no Brasil e emitiu alerta à população sobre os riscos à saúde.
De acordo com nota da farmacêutica Eli Lilly, fabricante oficial do Mounjaro, foram identificados casos em que os frascos continham impurezas, bactérias, álcool e substâncias que nada têm a ver com o princípio ativo. A empresa reforça que o medicamento só é comercializado em canetas injetáveis, com lote e registro verificados, e não existe em versão oral, spray ou “kit de emagrecimento”.
Em Natal, relatos de pacientes que adquiriram a substância de forma irregular já acenderam o sinal de alerta entre profissionais da saúde. “Estamos recebendo pessoas com reações adversas, que não sabem sequer o que aplicaram no corpo. A maioria compra por Instagram, sem prescrição ou qualquer orientação médica”, relata um endocrinologista que preferiu não se identificar.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a não adquirir medicamentos por canais não autorizados e reforça que o uso da tirzepatida só deve ocorrer com prescrição e acompanhamento médico. “O risco de intoxicação, infecções e até danos permanentes é real”, afirmou a pasta em nota.
A Anvisa disponibiliza canais para denúncia de comercialização ilegal de medicamentos pelo site www.gov.br/anvisa. Quem tiver suspeita de produto falsificado pode ainda procurar a Vigilância Sanitária municipal.
Como identificar um Mounjaro falsificado:
Ofertas em redes sociais ou fora de farmácias autorizadas. Produto em formato de comprimido, spray ou “gotas”. Canetas com aparência alterada, sem número de lote ou com rótulos em outra língua. Preço muito abaixo do mercado.
A proliferação de versões falsas de medicamentos de uso controlado representa uma ameaça crescente à saúde pública. Em Natal, o alerta está dado: a busca pelo emagrecimento rápido não pode vir à custa da própria vida.