Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira 14, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes do PIX ou boletos falsos. O levantamento ouviu 2.007 pessoas com 16 anos ou mais, em 130 municípios, entre os dias 2 e 6 de junho, e aponta que 14% dos entrevistados sofreram esse tipo de golpe — número superior aos 10% registrados em 2024. O prejuízo médio por pessoa chegou a R$ 1.198, totalizando cerca de R$ 29 bilhões.
O estudo mostra que os crimes digitais superam os presenciais. Entre os entrevistados, 33% afirmaram ter sido vítimas de crimes virtuais, enquanto 22% sofreram crimes presenciais, como roubo ou furto. Golpes envolvendo celulares roubados ou furtados foram particularmente frequentes, com 35,1% das vítimas desse grupo caindo em fraudes, contra 14,3% da população geral.
“O lucro oriundo do roubo ou furto de celulares vai muito além do valor do aparelho. O acesso às informações pessoais da vítima é um elemento chave para compreender essa epidemia”, destaca a pesquisa. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 23% caíram em golpes de compras não entregues pela internet ou redes sociais, acima da média nacional de 18%. Entre idosos com 60 anos ou mais, 11% relataram ter sofrido fraudes bancárias.
A pesquisa também investigou ameaças e chantagens relacionadas a dados vazados de pessoas ou familiares. Um em cada cinco brasileiros (19%) afirmou ter sido vítima, equivalente a 32 milhões de pessoas, com prejuízo estimado em R$ 24,4 bilhões. Além disso, 46,4 milhões de brasileiros receberam mensagens ou ligações de falsas centrais de segurança entre julho de 2024 e junho de 2025.
“Pessoas que tiveram seus celulares roubados ou furtados têm quase quatro vezes mais chance de serem alvo de golpes do que o restante da população”, alerta o levantamento.
Dicas rápidas para prevenção
- Nunca forneça dados bancários por ligação ou mensagem
- Ative autenticação em duas etapas em aplicativos de pagamento
- Verifique sempre a fonte antes de clicar em links ou QR Codes
- Denuncie golpes à polícia e ao Procon